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sábado, 30 de março de 2013

Entidades voltaram a discutir reajuste na passagem de ônibus urbano de Caruaru




Representantes da UESC, da DESTRA, do SINDECC e das Empresas de ônibus de Caruaru se reuniram na última quarta-feira (27) com o Prefeito José Queiroz uma possível revisão do valor das passagens de ônibus urbanos da cidade.


Enquanto os Representantes da UESC  e do SINDECC contestaram a não participação dessas entidades, por não terem sido convidadas, pelos órgãos governamentais, no dia em que as planilhas de custos foram apresentadas, o Representante das Empresas de ônibus urbanos de Caruaru explicava a defasagem que as empresas de transportes urbanos estão enfrentando atualmente, de uma vez que o aumento, segundo ele, não acontece há mais de dois anos.



Milton Manoel Presidente do SINDECC revelou que as entidades de classe como o Sindicato dos Comerciários e a União dos Estudantes querem “que a legislação seja cumprida e foi exatamente por isso, que nós solicitamos na segunda-feira, que a reunião fosse adiada. Como não fomos atendidos, então fomos obrigados a requerer a anulação de todos os atos deliberados na mesma”.



Já o Presidente da da União dos Estudantes de Caruaru Gleison Rodrigues, frisou que “para os estudantes é horrível que haja esse aumento, no valor da passagem de ônibus, porque hoje, vários estudantes já estão andando vários quilômetros a pé para chegar a sua escola. Imagine com o aumento da passagem, irá aumentar também o grau de dificuldade do jovem para estudar. Então, hoje nós tivemos um indicativo, nessa reunião informal, que não tinha um caráter deliberativo, de reunirmos novamente o Conselho para que as decisões acertadas no último Conselho, seja feita uma apreciação melhor, pelos Conselheiros, no sentido de num tempo hábil de analisar as planilhas apresentadas pelas Empresas junto ao órgão do Governo Municipal". 


Na oportunidade ficou definido que na próxima segunda-feira (01), às 15 horas, na DESTRA, haverá uma reunião deliberativa para definição do novo preço das passagens de ônibus urbanos em Caruaru. 



De acordo com o Representante das Empresas de ônibus, o valor das passagens pode sim, ser revisado. Ricardo Henrique classificou de "proveitosa a reunião, uma vez que as Empresas tiveram a oportunidade de mostrar o valor dos investimentos que foram feitos, por cada uma delas, ao longo dos anos, para a melhoria da frota de ônibus coletivos que prestam serviços de transporte de passageiros na cidade".


No áudio abaixo, Milton Manoel, Gleison Rodrigues e Ricardo Henrique expõem seus interesses que estarão em pauta no próximo encontro...


 Com informações e imagens da TV Jornal Caruaru.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Comissão da OAB fez visita à Penitenciária Juiz Plácido de Souza em Caruaru.

 
Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção de Caruaru fez nessa terça-feira (26) uma visita surpresa, sem a presença da imprensa, ao Presídio Juiz Plácido de Souza. Na oportunidade se reuniu com a Diretora Cirlene Rocha daquela Casa Prisional. O objetivo do encontro foi saber as reais condições dos presos que se encontram recolhidos naquele local.

O Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, subseção de Caruaru, Saulo Amazonas informou que a agenda com a Diretora do Presídio  Cirlene Rocha, acabou mudando de foco. A ideia inicial era tratar de procedimentos no sentido de melhorar a acessibilidade de Advogados à Unidade Prisional da Capital do Agreste, mas em função principalmente das duas mortes ocorridas no interior da Penitenciária de Caruaru, a reação foi imediata e não podia ser diferente. A preocupação neste momento se concentra mais na questão da segurança naquela Casa Prisional.

Duas mortes de presidiários recolhidos naquela Unidade Prisional e que aconteceram  em menos de duas semanas chamaram a atenção das autoridades e motivaram a realização desse encontro. O último assassinato ocorrido no interior da Penitenciária de Caruaru, foi o de Josildo José da Silva de 28 anos. A vítima no momento em que foi assassinado, dividia cela com outros 11 detentos. Um deles teria confessado e assumido a autoria do crime de morte.  No último dia 13, aconteceu o primeiro crime de morte no interior da Penitenciária, quando Vanderlan Robson Vieira foi asfixiado até a morte por um colega de cela de nome Juarez Tavares da Silva que assumiu a autoria do homicídio. Na segunda-feira (18) aconteceu um princípio de tumulto no interior do Presídio de Caruaru e as visitas íntimas foram suspensas naquele dia.


A OAB e a Direção da Penitenciária tentam descobrir o que teria ocorrido para a consumação de dois crimes de morte entre as pessoas reclusas. O que se sabe é que a convivência conturbada do dia a dia vem gerando conflitos e rixas entre os detentos. De acordo com informação da Diretora Cirlene Rocha, o maior problema da Penitenciária de Caruaru, é a superlotação. Ela inclusive, sugere que o mais importante agora é a OAB de Caruaru, na medida do possível, organizar um mutirão para dar assistência jurídica aos detentos reclusos no interior da Penitenciária, na sua grande maioria, que deveriam estar em liberdade, mas que não estão em virtude de que não conseguem meios financeiros para pagar os honorários de um Advogado.

Com informações e imagens da TV Asa Branca  Caruaru.


quarta-feira, 27 de março de 2013

Juíza em Caruaru pretende proibir entrada de novos detentos no Presídio local



 A Juíza da 3ª Vara das Execuções Penais de Caruaru, Orleide Rossélia, solicitou pedido ao Conselho de Magistratura que por sua vez, o encaminhou a Secretaria de Ressocialização do Estado, para uma interdição parcial no Presídio Juiz Plácido de Souza em Caruaru. O pedido é para a Undade Prisional seja interditada parcialmente, o que impossibilita a entrada de novos presos na Penitenciária. 


A Juíza seu pedido é  “apenas para não receber presos, durante um período de 120 dias, com o objetivo de que seja resolvido o atual problema em que se encontra a Penitenciária Juiz Plácido de Souza em Caruaru”.


A tomada de decisão da Juíza visa diminuir a violência desenfreada que vem acontecendo recentemente no interior daquela Casa Prisional da Capital do Agreste. A Juíza Orleide Rossélia, justifica que “a população carcerária da Plácido de Souza, é constituída, na sua grande maioria, por presos provisórios, que são aqueles cujos processos não estão em Execução Penal”.


Medida nesse sentido já foi tomada recentemente pela mesma Juíza, quando tentou há um mês diminuir o problema da superlotação do Presídio local, transferindo cerca de 50 presos para a Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá, na região metropolitana do Recife. No entanto, outros 38 novos detentos chegaram e foram recolhidos no Presídio de Caruaru.


Para o Promotor de Execuções Penais de Caruaru, Ronaldo Lira, a superlotação na Unidade Prisional, é um dos fatores que resultaram nos dois homicídios que aconteceram em menos de 15 dias. “A superpopulação carcerária, é um evento que resulta em fatos dessa natureza. Conter, aquelas pessoas, num local que seria destinado a cerca de 300 pessoas, e onde existem mais de 1.400 atualmente, é humanamente impossível, que não haja algum tipo de problema, nesse ambiente”, salientou.

A grande quantidade de presos, nas Penitenciárias de Pernambuco, também prejudica o trabalho dos Agentes. São 1.460 funcionários para mais de 28 mil presos. Em Caruaru, há 72 Servidores para mais de 1.457 detentos. O ideal, é que fossem, pelo menos, 290 Servidores.


Nivaldo Oliveira, Presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário, explica “nós temos ao todo em Caruaru, 72 Agentes. Desses, dividimos um grupo que é destinado a atividades Administrativas e temos em média 5, 6 ou 7 Agentes por plantão, o que inclui atividade de segurança interna e apresentação judicial, ou seja encaminhar os presos ao Fórum. Agora, deve-se considerar o fato de que a Seres – Secretaria Executiva de Ressocialização, manda priorizar as apresentações judiciais, em detrimento da segurança interna da Unidade”, finalizou.

No áudio abaixo, a Juíza Orleide, o Promotor Ronaldo e o Sindicalista Nivaldo expõem os problemas atuais que acontecem no nosso Sistema Carcerário...

Com informações e imagens da TV Jornal Caruaru.

terça-feira, 26 de março de 2013

Cirlene Rocha: “Eu não tenho o controle de tudo”




A diretora da Penitenciária Juiz Plácido de Souza (PJPS), Cirlene Rocha, recebeu a reportagem da Rádio Liberdade para comentar as acusações de um suposto detento que telefonou para a emissora denunciando problemas graves no presídio de Caruaru. Segundo as acusações, os agentes penitenciários estariam colaborando com as mortes de detentos na PJPS, com o consentimento da direção.

A diretora disse que a denúncia anônima é algo que não lhe atinge. “Cada um tem seu pensamento e expressa da forma que achar necessário. Eu não sei se é detento ou não. Pode ser qualquer um”, afirmou. Ela também negou que a denúncia partiu de alguém querendo prejicá-la. “É alguém querendo se expor. Eles querem tirar o foco, mas não vão tirar. E quem estiver fazendo errado, vai cair por terra”, advertiu.

Cirlene, que já teve seu trabalho destacado nacionalmente, hoje enfrenta diversas dificuldades para administrar o sistema carcerário em Caruaru. “Quando eu assumi, há 12 anos, havia 370 presos. Hoje, temos mil a mais”, explica.


A diretora também comentou as mortes ocorridas no interior na penitenciária. “Foram fatos isolados, brigas entre eles mesmos. Não foi uma ação de grupo, de revolta contra o sistema ou rebelião. Foi uma ação entre os indivíduos envolvidos. Porque as amizades e as inimizades da época em que eles estavam em liberdade terminam se encontrando aqui. O mal não consegue viver aqui. Ou ele sai de um jeito ou de outro”, justificou.

Questionada pelo repórter Berg Santos sobre a ausência de controle na administração dos presos, Cirlene retirou de si a culpa pelos últimos acontecimentos. “Na verdade, a gente não tem controle de nada, nem da nossa própria vida. Não existem policiais para todos os habitantes, como também não existe um policial para cada preso ou para cada cela”. “Sair do controle acontece. Eu não vou ter o controle de tudo. Ninguém tem o controle de nada”, disse.

A diretora afirmou que existem presos portando celulares na penitenciária. “A verdade tem que ser falada. Eu já peguei vários presos com celular, em flagrante, e foram levados para o castigo. O primeiro preso que morreu ligava do castigo para a mãe dele. Já solicitamos ao Estado um bloqueador de celular”, citou.

Ainda sobre a sala do castigo, onde os presos estariam sendo mortos, Cirlene explicou que são duas celas para onde são enviadas as pessoas que cometem indisciplina na unidade. “Elas ficam lá até 20 dias e dependendo esse castigo pode ser renovado”. Cirlene também negou que os agentes facilitem a entrada de celulares no presídio. “Confio neles plenamente”.

Da Central de Jornalismo Liberdade.