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quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Mais de 37% das lavanderias de jeans encerram atividades em Caruaru.

 
Números correspondem às empresas locais que firmaram TAC com MPPE.

Após prazo inicial para adequação, Vigilância Sanitária irá visitar as demais.

Mais de 37% das lavanderias de jeans encerraram as atividades em Caruaru, Agreste de Pernambuco. Os números correspondem às empresas locais que firmaram Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O percentual foi contabilizado pelo G1 com base nos dados informados ao portal pelo analista jurídico da Promotoria do Meio Ambiente, Sérgio de Castro.

Atualmente, das 77 empresas que assinaram o TAC - em 2012 -, 24 decidiram mudar as intalações para o Distrito Têxtil, 17 para local distinto, 29 optaram por encerrar as atividades - após fiscalizações realizadas em Setembro do ano passado - e sete irão permanecer no mesmo local onde já funcionavam - desde que obedeçam aos critérios de adequação apontados no termo.

Em 2014 foi assinado termo aditivo do TAC. Ao todo, foram 77 recomendações. Com a entrega dos TACs, a fase de discussões foi encerrada e as empresas passaram a cumprir os prazos determinados, conforme divulgou - à época - a assessoria de imprensa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do município. O calendário de cumprimento foi específico a cada categoria e não foi divulgado.

Monitoramento
 
Na fase atual, a Vigilância Sanitária irá visitar as lavanderias. "A partir de agora, a gente vai entrar na segunda etapa, que é olhar as lavanderias que vão ficar nos locais onde já funcionavam e as que vão se transferir para o Distrito Industrial Têxtil", destacou o coordenador da Vigilância Sanitária do município, Altair Ferreira. A medida foi anunciada em reunião de acompanhamento do processo de adequação, na terça-feira (8).

O objetivo é de que as empresas regularizem as atividades. "As lavanderias assinaram um termo para tratar os seus afluentes de uma forma mais eficaz, também com relação ao tratamento para impedir a poluição atmosférica, a questão da aquisição de lenha e de todos os aspectos impactantes que a lavanderia na atividade da lavagem do jeans traz: aspectos altamente impactantes para o meio ambiente", relembrou a promotora de justiça Gilka Miranda.

Participaram do encontro representantes das lavanderias, da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), da Secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico e da Gerência de Vigilância em Saúde.

Processo de adequação
 
Durante o processo de discussão, os empresários puderam escolher entre permanecer onde estavam, porém se adequando a todas as normas exigidas; mudar para o Distrito Têxtil; mudar para outro lugar, desde que dentro das prerrogativas da lei; ou encerrar as atividades.

Todos os pontos firmados visam à adequação tecnológica do maquinário, a fim de que a poluição seja evitada, conforme explicou ao G1 o analista jurídico Sérgio de Castro. "São muitas as especificações técnicas, a exemplo do nível máximo permitido de emissão de CO2 [gás carbônico] no ar. Para isso, deve-se chamar um técnico para investir em adequação de esgotamento sanitário ideal, por exemplo".

Do G1 Caruaru

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